PELO SAFARI E NOVOS CAMINHOS
Dezembro 2, 2015
As mudanças de planos da dupla Rafael e Luana, do Projeto Pés Livres, geraram também um melhor aproveitamento de tempo. Eles aproveitaram três dias para realizar um Safari nos parques Serengenti National Park e Ngorongoro Crater.
A aventura garantiu observar os 5 maiores animais do mundo, ou “Big 5”: búfalo, elefante, leão, rinoceronte, leopardo. “Tivemos sorte de um leão estar muito próximo ao carro e finalizamos a viagem em uma das paisagens mais bonitas que já presenciamos, dentro da cratera de Ngorongoro”, conta Rafael.
Logo no primeiro dia, a dupla visitou uma aldeia Massai – grupo étnico africano, e conheceu as casas, músicas e danças “e soubemos um pouco de como eles vivem e as suas crenças. Choque cultural tremendo!”.
Ele conta que foi uma aventura a parte finalizar o balanço, pois alguns materiais que compraram precisavam ser cortados e furados, como a madeira e as correntes, “porém quando voltamos do Safari ainda não estavam prontos. Correr atrás dos parafusos, aqui é mais difícil do que vocês imaginam, tudo acontece “pole pole” (devagar, African Time). Um serviço que demoraria 30 minutos, leva duas horas. Mas, hakuna matata. Os balanços foram colocados e tudo valeu a pena, as crianças brincaram na hora em que ficaram prontos”. Luana lembra o momento: “ o Rafa ensinou às crianças a balançarem de forma segura. Uma felicidade infinita nos olhos delas por alguns simples balanços.”
Recordando um pouco da história dos Pés Livres na Tanzânia, a dupla subiu o Monte Kilimanjaro, desistiu da viagem de bicicleta para ajudar integralmente a escola e o orfanato em Moshi, mas e agora? Parecia que sempre havia algo no coração de querer ajudar mais e mais. Eles estavam inquietos.
Então, por acaso ou destino, eles conheceram um casal americano que vive há seis anos em Moshi e estão envolvidos com outras instituições. Aproveitaram para conhecer o orfanato, Global Vision Orphanage, bem afastado do centro de Moshi, com aproximadamente 40 crianças, sendo que cinco delas são HIV positivo.
A estrutura do local ainda é bem precária e os quartos haviam sido construídos recentemente, porém não tinham banheiros suficientes nem energia elétrica. Faltavam também algumas camas e muitas coisas precisam ser feitas para oferecer mais conforto às crianças.
Enfim, Rafael e Luana deixam o espírito dos Pés Livres mais vivo do que nunca. Aquele sentimento de cooperação, de novos caminhos que escrevem suas próprias histórias. Histórias contadas com um passo de cada vez. Com pés que têm a liberdade de mudar o rumo e simplesmente caminhar para onde os bons ventos sopram.